Agências prometem aproximar marcas e pessoas. E as empresas, estão prontas?

“Cliente que liga reclamando que você não está fazendo as mídias sociais bombarem porque ele quer vender.” Como lidar?

agencias-clientes

Este post é mais uma provocação do que uma análise.

Estive vendo alguns slogans de agências digitais e de comunicação em geral. Muitas exaltam, em suas chamadas, a questão da humanização das marcas, da aproximação de marcas e pessoas, do relacionamento, do engajamento. Mas será que as empresas estão em sinergia com o pensamento e com as práticas das agências?

Minhas experiências e de outros profissionais próximos me fazem crer que a dificuldade de integração de agências e empresas nesse objetivo reside principalmente em duas questões fundamentais: não cuidar do offline antes de adotar o online e encarar as mídias sociais como se a principal utilização corporativa delas fosse prospecção de vendas.

A agência faz todo o trabalho bonitinho de blogagem, pauta, produz e revisa conteúdos; faz todo o gerenciamento dos perfis da empresa nas mídias sociais, com recomendações de links, reporta as mensagens diretas para o atendimento da empresa, mas as soluções e as respostas não chegam aos clientes e prospects que interagem com a empresa pela web. E agora? Como fazer?

A mensagem seguinte, de um amigo no Facebook, parece até engraçada.

“Cliente que liga reclamando que você não está fazendo as mídias sociais bombarem porque ele quer vender.”

Paciência e bom senso a esse cliente, que ele merece.

Esse cliente acabou de entrar no ônibus e já quer sentar na janela. É isso mesmo? Ou eu estou errado?

Conteúdo, consistência, relevância, relacionamento… Tudo isso foi pro espaço?

Fiquei questionando: meu Deus, como é que as mídias sociais vão bombar no primeiro mês, sem amigos, sem followers, sem advogados da marca, sem consumidor engajado? Por outro lado, pensei: a agência desse meu amigo do Facebook não evangelizou e explicou as etapas nas mídias sociais para esse cliente? Ou será que o apelo pra fechar um contrato foi tamanho que prometeram que as mídias sociais – sozinhas – fariam aumentar as vendas logo na primeira semana, como uma promoção de vendas explosiva?

A provocação/reflexão é essa: as agências podem cuidar perfeitamente das mídias sociais, do online, do remoto. Mas, e quando for para o físico, para o offline, onde a comunicação não é persuasiva e a marca continua fraca, onde o atendimento é precário, onde o pós-venda inexiste, onde as reclamações de tão rotineiras são relegadas ao esquecimento?

Como dizem os tuiteiros, #comofas? :)

Tem acontecido na sua agência, na sua empresa?

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Newton Alexandria
Quem escreve:

Oi! Eu sou o Newton Alexandria. Uni minha formação em Marketing e a experiência com Comunicação e escrita e fundei a Dr. Conteúdo. Hoje, escrevo minha vida e outras histórias... Gosto de gente, de cachorros, de viagens e de uma boa MPB. Fique à vontade para me escrever: new@drconteudo.com.br.
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Confira informações importantes que alertam para o que devemos considerar…

  • http://www.facebook.com/andreizze Andre Ribeiro Simon

    Muito boa a abordagem. Existem casos que acabamos direcionando o cliente para fazer publicidade ao invés de mídias sociais, tamanha a distorção de valores que ele vê nisso. E aí muitas vezes, ele acaba fazendo por conta própria (normalmente mal feito) e acha que não funciona…

  • http://www.6i.com.br/blog adrianofoss

    Excelente tema. Eu costumo acrescentar algumas palestras para a equipe do cliente, nem que seja para duas pessoas. Costumo dizer que o marketing bom não corrige uma empresa ruim, então, se o cliente não vestir a camisa, não há trabalho. E pior, a agência e seus consultores é que passarão por incompetentes.

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