Conteúdo para mídias sociais não deve ser discurso de venda direta

Você usa o mesmo discurso das mídias tradicionais nas mídias sociais? Aqui a abordagem deve ser diferente, centrada no conteúdo e nos relacionamentos, com ganho multilateral de fato.

Entrar e estar nas redes sociais online com o mesmo pensamento de antigamente, oferecendo uma propaganda e um discurso intrusivos, deve ser deixado definitivamente para trás. No ambiente online, as pessoas esperam das marcas uma abordagem diferente (para melhor) daquela das mídias tradicionais (especialmente da TV).

Um dos clientes atendidos por nós chegou com o briefing direto ao ponto: o conteúdo teria de ser lúdico e com linguagem publicitária, com foco em vendas.

Eram posts para o Twitter (tweets) e para o Facebook. A oferta era de ingressos para um espetáculo internacional de cunho infantojuvenil (tom lúdico). Logo, o discurso de vendas deveria ser direcionado principalmente aos pais (que, diga-se de passagem, detêm o poder de compra).

O cliente em questão chegou por meio de uma agência parceira, que, não podendo atender à demanda, repassou para Dr. Conteúdo.

Até aí, tudo bem; não íamos recusar a proposta, justamente por não ser um cliente direto – como falei, era cliente da agência, que nos repassou o serviço, o que é uma prática até comum. Mas se fosse um cliente direto de Dr. Conteúdo, o aconselharíamos a mudar o enfoque, e, juntos, mudarmos o planejamento de conteúdo, não usando uma linguagem de vendas tão intensa e ostensiva.

Consolidação da marca

Quem tem mais possibilidades de ganhos: o vendedor que apenas anuncia o nome e o preço do produto, ou o que fala o nome e o preço mas também os benefícios e vantagens, que sorri, que brinca, que entretém?

O segundo tem muito mais chances de vender e obter mais lucros (que é o que todos buscamos no final das contas) do que o primeiro, ainda que a médio e longo prazo, porque ao informar também (e principalmente) as vantagens e benefícios do produto e por criar uma empatia e aproximação com os potencias clientes, ele planta uma semente e começa uma relação – e relação se constrói a médio e longo prazo.

Eu mesmo assisti a ambas as situações por diversas vezes: no ônibus, um vendedor de balas e guloseimas, que apenas fazia um discurso de coitado e falava o nome e o preço do produto, vendia uma ou duas unidades; outro, que já chegava entretendo todo mundo, contando piadas e “causos”, rindo, apontando características até engraçadas nas pessoas, falava dos benefícios do produto, que em casa a esposa, o marido e as crianças iam gostar, este vendia dezenas de unidades das guloseimas.

A mesma coisa deve acontecer com as empresas nas mídias sociais: elas devem entender (e principalmente as agências devem evangelizar e alertar) que estes são canais de relacionamento, de diálogo e de consolidação da marca a médio e longo prazo, e não de vendas diretas, com uma sistemática na qual apenas se canta o produto e seu preço e espera-se comprador. Aí a frustração vem a galope, até que assimilem que primeiro tem de preparar o terreno, estar preparado para debater, atender, envolver, responder, solucionar…

Voltando ao caso do cliente do início

Produzimos o conteúdo daquela ação pontual, de acordo com o que queria o cliente e de acordo com o planejamento da agência, mas certamente esse cliente teria muito mais resultados a médio e longo prazo se adotasse uma abordagem baseada mais em informação e entretenimento, em diálogo e relacionamento, e menos em venda direta.

A venda existe e deve existir nas mídias sociais? Sim, claro! Mas não só a venda; ela e tudo que vem antes e depois, desde a prospecção e o pré-venda, passando pelo bom atendimento até o pós-venda (SAC 2.0), como nos canais tradicionais (loja física, fone etc.), num ciclo de trabalho contínuo de gerenciamento e fortalecimento de relacionamentos – tudo suportado online pelo conteúdo, que deve ser pensado, avaliado, planejado e produzido por quem conhece as diversas facetas da comunicação, do marketing, das pessoas, das relações comerciais e humanas.

Experiências, sensações e sentimentos valem muito mais do que um “quer pagar quanto?”.

[Dr. Conteúdo]

Tenha mais informações e novidades, acompanhando-nos pelo Twitter, Facebook e Feed.

Newton Alexandria
Quem escreve:

Oi! Eu sou o Newton Alexandria. Uni minha formação em Marketing e a experiência com Comunicação e escrita e fundei a Dr. Conteúdo. Hoje, escrevo minha vida e outras histórias... Gosto de gente, de cachorros, de viagens e de uma boa MPB. Fique à vontade para me escrever: new@drconteudo.com.br.
LinkedIn Twitter Facebook Google+

CONFIRA TAMBÉM

Como o conteúdo pode ajudar nas decisões de compra

Você se preocupa em oferecer um conteúdo que cative para…

Antes de construir sua estratégia de mídias sociais

Quem já se deparou com um cliente que não tinha…

Dr. Conteúdo realiza Workshop de Conteúdo Estratégico para Mídias Sociais em São Paulo

Muitos querem estar nas mídias sociais. São marcas, profissionais e…

Type your search keyword, and press enter to search